VIAGEM URGENTE: COMO FAZER

30/11/2017

Aconteceu. Sem passaporte em dia ou passagem comprada, tive que me preparar em 18 horas para ir para a Austrália. Leiam aqui como foi e minhas dicas para quem um dia se encontrar na mesma situação.

1:30 da madrugada, terça-feira. Recebemos a triste notícia de que o avô de meu marido (Luke) havia morrido na Austrália. Não pensamos duas vezes e na mesma hora fomos consultar a maneira mais rápida de ir de Porto Alegre para Melbourne. Não sei se você já teve que comprar uma passagem internacional de última hora, mas a brincadeira não é apenas cara como muitas vezes complicada. 

Depois de encontrar a viagem pretendida (Emirates saindo na noite seguinte as 10 da noite), o processo de reservas foi um tanto conturbado. Tentei comprar diretamente no site com meu cartão, mas nunca conseguia chegar ao final e recebia mensagens de erro (provavelmente por estar dentro das próximas 24 horas). 

Acabei ligando para a companhia (tive que ligar para a Austrália, pois não encontrei atendimento 24 horas no Brasil), o que no fim das contas foi bem melhor do que fazer uma compra tão grande sozinha. Foi bem complicado porque ligamos por skype e a ligação caiu algumas vezes, acabei gastando mais de uma hora em ligações telefônicas até conseguir completar a compra.

LIÇÃO: usei o Sky Scanner para encontrar o roteiro mais rápido a um preço razoável, mas na hora H, ligar para a companhia aérea foi bem melhor. Podem haver N questões que no calor da emoção você nem se dá conta - se precisa ou não de visto, se você está escolhendo a viagem com melhor tempo de escalas, documentação, bagagem, etc etc. O atendente reviu ponto a ponto comigo durante o processo de venda. Quando a gente está nervoso com a cabeça em outro lugar, o melhor mesmo é contar com um profissional.

3 e pouco da manhã. O ticket estava na mão, já o passaporte, não. Sei que parece loucura ter comprado o ticket antes de verificar o passaporte, mas fiquei com medo de ficar cada vez mais difícil de arranjar passagem conforme as horas fossem passando, por isso priorizei. Logo em seguida, liguei para o suposto atendimento 24 horas da Polícia Federal no Aeroporto Salgado Filho. Infelizmente fui atendida por um funcionário sem o mínimo preparo. Liguei com a intenção de conferir a maneira mais rápida de se fazer o passaporte e qual a documentação necessária. Ele disse que bastava eu comparecer no local e "contar minha história". Acabei ligando para a central de informação 194 que também não serviu para muita coisa.

LIÇÃO: juntei todos os documentos listados aqui no site da polícia e preparei-me para chegar lá as 8 da manhã, começo do expediente. Tudo aquilo já estava me cheirando a incomodação.

8 da manhã: Começava a parte mais complicada do meu dia. Resumo aqui para você não ficar com sono: quase todos os documentos que apresentei foram recusados, tive que correr atrás de documentação extra.

LIÇÃO: Não adianta ligar ou olhar só no site. A situação é de emergência e talvez você tenha o mesmo azar que eu e se depare com muita gente despreparada. Tem que ir lá com tudo que você puder, conforme documentação mencionada no site e ir lá na DPF o mais cedo possível para que confiram na triagem. No pior dos casos (como o meu) pode levar 7 horas, então vá com tempo e paciência, pensando que tudo pode dar errado.

Documentos que foram realmente necessários para mim:

- Passagem

- Passaporte antigo, carteira de identidade e título de eleitor

- Foto 5 x 7

- Protocolo de solicitação do passaporte de emergência, retirado no site da DPF.

Parece simples, mas tive problemas com 3 destes documentos, por isso é importante comparecer pessoalmente com tempo de sobra para a triagem E para a fila de encaixes de última hora. Se você tiver o mesmo azar que eu, lidará ainda com impaciência, informação desencontrada e grosseria de alguns funcionários.

9 da manhã: Segundo as regras de imigração da Austrália, quando você muda de passaporte em circunstâncias normais, tem que notificá-los por escrito, para que eles possam transferir seu visto para o novo documento. Liguei então para Brasília e fui atendida com clareza e cortesia pela oficial brasileira. Fui orientada a enviar para eles o documento novo e o velho escaneados por email assim que os tivesse em mãos. Assim, sem stress, sem complicação.

3 da tarde: Finalmente saio da DPF com o passaporte e o c* na mão, tendo 3 horas para fazer mala, contatar a imigração e chegar no aeroporto. Foi tenso, mas consegui!

OBS: O passaporte teve um custo de R$200 reais e terá validade de apenas um ano.

LIÇÃO: Por mais que eu estivesse estressada, foi importante entender desde o começo que eu estava na mão de diversas pessoas que não tinham a mínima empatia por mim. Tive que engolir seco mesmo sendo muitas vezes tratada com indiferença e má educação. Paciência mesmo quando parecia impossível, me manteve na posição de aguardo, mesmo quando a minha vontade era sapatear e chamar minha mãe.

No próximo post, vou explicar para vocês como me preparei para o voo, como foi a viagem para fora e o atendimento na imigração na Austrália. Blog Aqui

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